Aprender para
poder ensinar.
Primeiramente,
aprender é algo que nasce connosco e que nos suscita a envolver-nos com o mundo
que nos envolve, desenvolvendo e contruíndo um conjunto de preâmbulos de
pensamentos que estão em constante amadurecimento e imutabilidade até ao fim
dos nossos dias.
É sabido que a
evolução do ser humano sempre esteve dependente dessa transmissão de saberes e
da sua solidez ao passar de geração em geração. Deste modo é fundamental saber
aprender de forma coerente no intuito de suscitar na relação com os outros a
melhor maneira de ensinar. O conceito aprender destaca-se como o instrumento
mais potente que usamos, sendo, imperativo enriquece-lo continuamente, pois é
uma exigência desta sociedade que pretende testar a coerência dos seus saberes
adquiridos e consequentemente habilita-los para estes saberem os aplicar.
Todavia, como
dizia Parménides, um filósofo pré-socrático, ou melhor, da natureza defendia
que o saber “é um saber de abismo hiante”
e perante essa grandeza o indíviduo necessita de procurar apoios. Um saber que
necessita da energia de um espírito jovem para doar e formar o indivíduo, o qual
será ser dado por uma deusa, uma deidade, a qual associo a ideia de que
anteriormente envolvia o cargo do professor, do sábio e que actualmente está em
queda pelos diversos meios (livros e internet) que uma parte da humanidade tem
a possibilidade de aceder.
Contudo, ensinar
nos nossos dias é uma tarefa que encarrega qualquer formador de mostrar responsavelmente
a viabilidade de esses novos saberes como de conseguir que os conhecimentos que
transmite se ajustam às necessidades mais próximas do formando do seu
dia-a-dia.
Porém, o meio
ambiente de um indíviduo é o quadro que melhor exemplica o quanto os indíviduos
podem ser estímulados.
Assim, a
importância de imprimir uma subil inteligência em criar efeitos de estímulo
orientados aos formandos de forma individualizada é forçosamente um fim que optimiza
o sucesso e empenhamento de todos em cada sessão.
È claro que os
métodos e processos de aprendizagem tem que ser salientados e incisivos de
forma despoletar todos os potenciais do indíviduo que este usufrui e
desenvolve-los da maneira mais assertiva. O ensino por si só e salientado como
gotas de mar a cair não deve ser e não pode ser considerado um ensino. Sendo
necessário e de forma harmoniosa saber gerir estes três pólos (formandor,
formando e saber), isto é, a ideia que quero transmitir é que o formador não
deve em modo algum ser o centro, pois este é lugar que é dos formandos. A
exposição de saberes sem interacção dos formandos relembra o registo escolar
que usufruí de um quadro despojado da vertente humana e sem interação
particular com os formandos. A flexibilidade de uma aprendizagem e dos seus
próprios métodos também não deve ser encarada como uma mudança negativa, pois pode
eventualmente se tiver na sua integra o “saber fazer” alguns benefícios de grande
estima em dois pontos. Por um lado, revela um maior aperfeiçoamento dos
conhecimentos e, por outro lado, conduz a uma actualização que possivelmente se
ajusta aos seus formandos.
No fundo o
papel do formador durante o processo de aprendizagem requer uma sensibilidade
cirúrgica., ou seja, tem que praticar uma lúcida preocupação e verificar se os
formandos estão a ficar desfocados da temática dada na sessão e surtir através
da gestão dos instrumentos da sala ou mesmo cativando por meio de técnicas uma
atitude mais motivada.
Assim, patenta
até mesmo uma reorientação do seu discurso inculca algo que simboliza uma
informação relacionada com o quotidiano do formando e se torna um interesse com
mais valor. Dessa maneira e dinâmicamente conduz o formando a participar
activamente e a testar o que aprendeu desde os elementos mais simples aos mais
complexos. Uma maneira que o leva a estruturar, ou melhor, a conjecturar novas
ramificações de conhecimentos e ao mesmo tempo a fazê-los pensar.
Todavia,
trata-se de um pensar educado que leva ajustar no seu conhecimento o que é
essencial do que é acessório. Um meio cognitivo que articula a sua aprendizagem
e experiência.
Uma
aprendizagem que surte um efeito racional/prático que garante uma maior
aceitação para a memorização do formando. Porém, a capacidade de resposta
perante um mesmo estímulo pode evidenciar-se como múltipla.
Sendo, assim,
o papel do formador é como um guia, o qual tem de definir os objectivos bem
definidos e determinar-lhes a resposta correcta. Mas, ao mesmo tempo
permite-lhe perceber que mesmo no fracasso da resposta é um ganho, um novo
aprender que enriqueçe e não deve ser tomado como uma perda.
Contudo,
inculcar no formando um espírito crítico da sua própria prestação possibilita
que este se exponha e procure atingir os objectivos. No sentido lato, o
formando estímula não só o saber teórico e prático, mas essencialmente uma
redescoberta de si mesmo, promovendo-lhe um novo esboço das suas
potencialidades e delimita-se muito acima das suas espectativas. Todavia,
encontra também um novo prazer pela aprendizagem, prazer voluntário, o qual
ninguém deve ser forçado nesta procura, isto é, as variantes de esforço
deliberado e atentação efectuam uma incentivação que únicamente pode ser
despertada pelo formando no ínicio e não pelo formador. Desse modo, salienta-se
no formando um florescimento de várias carácteristicas extremamente vincadas
daquilo que conheçe e desconhecia de si mesmo.
Em última
instância, uma aprendizagem efectuada nestes contornos cria um elo mais próximo
entre o formador e os formandos. Dessa maneira, forja também um encantamento
que os leva actividade e promove uma resconstrução da figura obsolenta que até
aqui foi presidiu do professor típico do nosso registo infantil ou juvenil. Um
registo que é um factor pessimista e controverso na medida que influência todo
o processo de aprendizagem, isto é, o formador deve ter a consciência que como
transmissor de informação é também um modelo a seguir. A relação formador e
formando determina na medida que pode suscitar uma má ou boa rememoração e
influenciar-se como um factor decisivo.
Há luz deste
diverso espólio de factores e métodos de aprendizagem que são imperativos e
necessidades a cuidar para conceber um saber, mas um saber fazer que na realidade
seja bem ajustado e actualizado para possibilitar a maior realização
profissional do indivíduo ao longo da sua vida. È evidente que uma formação
submetida sobre estes diversos pontos forma o indíviduo, desenvolve o seu
intelecto e torna-o um cidadão mais apto e que ostenta uma postura mais
presente e decisiva nas mudanças que surgem no seu país. È imperativo formar e
suscitar o pensamento nestes novos cidadãos formulando uma nova atitude
política, ética, estética filósofica que estimula e aprecia o sujeito a ser
mais responsável e ciente do seu espaço e do mundo. A relação que o formando estabelece no seu
percurso salienta-se para este como útil e determinante e os métodos utilizados
não são inocentes, pois no fundo o formador deve ser um estratéga que define o
mais considerado para a situação dos seus formandos e sessão. Todavia, esses
mesmo factores e métodos são sempre medidos e pesados sem exageros e
indiferenças para o formador não se evidenciar como extremista ou
desinteressado e não acabar por comprometer toda a formação.